Quem viver verá!

Quem viver verá. Eu vivi e vi. Sim, nesse momento você deve estar pensando que eu estou ficando louco, certo? Errado. Estou mais normal do que nunca, o momento de loucura já passou e foi – desculpa a palavra – foda. Imagine só você morar na capital do rock, onde as melhores bandas de rock do Brasil começaram e que hoje não passada da capital da vergonha e de repente você se depara com Legião Urbana de volta aos palcos do país. Sim galera, a Legião voltou. Eu também não acreditei, achei que era um sonho, mas não, a Legião Urbana de Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá está de volta. Desde 1996 quando o mestre Renato Russo morreu de AIDS, a banda não se apresentava em lugar algum e nem mesmo ensaiavam ou tocavam no assunto de fazer a volta da legião sem o Renato.



Essa semana foi marcada pela volta da banda que se apresentou no Porão do Rock, o maior evento de rock de Brasília – DF que completou 12 anos de existência. Aproximadamente uma hora após os Paralamas do Sucesso se apresentar no palco principal, eis que surge Renato Russo no telão no mesmo momento em que entravam no palco Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá acompanhados de Mateo Moreno (baixo), Guzmán Mendaro (guitarra) e Gustavo (teclados) e o primeiro cantor convidado da noite, André Gonzales (Móveis Coloniais de Acaju), em Tempo perdido. Outros cinco assumiriam os vocais nas músicas seguintes: Herbert Vianna (Ainda é cedo), Philippe Seabra (Geração Coca-Cola), Toni Platão (Eu sei) e os uruguaios Sebastian Teysera (Quase sem querer) e Juan Casanova (Será). Bonfá também cantou Pais e filhos e todos se juntaram no final, em Que país é este. Um microfone, no entanto, não foi usado por nenhum deles. Ficou no centro do palco, desligado, com duas flores brancas penduradas.

Na platéia se via pessoas de todas as idades, crianças, adolescentes, pais e mães e até alguns senhores, por que não? A cada música tocada uma emoção se renovava no meio daquela multidão. Muitas pessoas chorando, outras incrédulas mas ao final de cada música todos se juntavam em apenas um grito: “Uh, Legião! Uh, Legião!”.



Mas durante a semana rolaram muitos boatos que diziam que Toni Platão seria o novo substituto de Renato Russo, o que foi desmentido pelo próprio em entrevista ao Correio Braziliense: “A única coisa que tenho nos meus 25 anos de carreira é a minha integridade artística. E eu jamais faria uma burrice dessas. Canto Legião no meu show, toco com Dado e Bonfá e posso fazer um ou outro show com eles. Mas prestando tributo à Legião, cantando uma música, ao lado de outros cantores. Jamais teria o topete de pegar o lugar de Renato Russo. Esse lugar é dele. Não está vago. Ele está aqui, o tempo todo. Você não sentiu?”. Já Dado Villa-Lobos falou sobre os shows que serão realizados daqui pra frente: “A ideia, agora, é fazer uma série fechada de shows — “sete no máximo” — em 2010, com esses mesmos músicos uruguaios e vários cantores convidados. Para ele, só faz sentido se for assim. “Esses rumores (de uma volta efetiva da Legião) são equivocados. “A gente nunca pensou em substituir o Renato e voltar a trabalhar com a Legião Urbana”, afirma.

Bom galera, agora é esperar para crer. Quem viver verá e com certeza não se arrependerá nem um pouco de pelo menos matar a saudade da maior ou quem sabe uma das maiores bandas de rock que o Brasil já teve.

Que País é esse?


Pais e Filhos